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A Casa Box, localizada em um bairro residencial de baixa verticalização na cidade de São Paulo, foi projetada para abrigar o jovem arquiteto, autor do projeto. A dimensão do terreno (20 x 10m) de esquina, direcionou a implantação onde todas as aberturas estão localizadas em duas das quatro fachadas.  Aberturas zenitais e o pátio interno  iluminam os ambientes que estão localizados nas outras duas fachadas. Da rua, ela emerge do muro como uma caixa opaca, sem aberturas. Isso foi intencional, pois a discrição gera mais segurança (realidade de São Paulo). Ao passar pelo portão frontal de aço corten, chega-se a um pequeno hall de onde se consegue ler, pela primeira vez, a volumetria de todo o projeto e a diferenciação do programa através da escolha dos materiais. A caixa opaca, que antes parecia ser pesada, se apoia em uma caixa de vidro no pavimento térreo e faz com que pareça flutuar (volumetria) No térreo, o vidro das portas de correr permite a integração visual com o jardim. Aqui está a parte social ( sala de estar, etc) de forma funcional. O segundo andar abriga a área privada (suíte , sala de TV) e determinou o revestimento externo da residência: painéis de miniwave. As diferentes possibilidades de abertura controlam a insolação, proteção acústica e privacidade. Na cobertura, o teto jardim completa o programa e estabelece uma relação distinta com o entorno. Funciona como um belvedere Fatos como aquecimento solar, jardim em abundancia, ventilação cruzada e a técnica construtiva adotada (rapidez) fazem com que a casa seja energeticamente eficiente. Pela foto aérea se pode observar que se trata de uma exceção ao padrão. A arquitetura tem como premissa o respeito pelas condições do lugar onde está inserida, presente tanto na organização da planta quanto no emprego dos materiais, passando pela concepção dos detalhes. 


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